terça-feira, 15 de abril de 2008

Esquemas tácticos

À conversa com um colega treinador sobre o treino e as situações que são dispensáveis do mesmo na formação, percebemos que divergíamos num ponto: os esquemas tácticos, aliás, especificamente, os cantos.
O meu colega não treina cantos porque considera que o principal factor para o sucesso nessa situação do jogo é o executante ser competente.
Pergunto, como é que pode um executante ser competente ( fazer um bom cruzamento ) sem treino?
Será a execução de um canto um skill inato?
Concordo que não deve ser uma prioridade no treino na formação os esquemas tácticos, mas não é uma situação de jogo que deva ser descurada!
Como será que o Beckham executa tão bem bolas paradas?
A interpretação do cruzamento pelos defensores e atacantes também é um factor fundamental.
Através do canto, podemos ensinar aos miúdos que existem três zonas de finalização: 1ºposte, 2ºposte e marca de penalty.
Conceito fundamental para quem ataca, para quem defende e para quem executa o cruzamento.
Assisti num passado fim-de-semana a um jogo do escalão Escolas A no qual umas das equipas tinha várias jogadas trabalhadas na situação de canto, o treinador da equipa não precisava de falar, o jogador que executa o canto escolhia a jogada que a equipa deveria efectuar e todos os companheiros movimentavam-se de acordo com o treinado após o sinal corporal do colega.
Para concretizar esta jogada é necessária a tomada de decisão pelo miúdo, a concentração de toda a equipa e a correcta execução técnica.
Terá sido este trabalho uma perda de tempo?

2 comentários:

Dennis Bergkamp disse...

Boas!

Acho que é uma questão de prioridades e de equilibrio.

Não acho que faça sentido estar a trabalhar situações de bola parada quando os miudos ainda têm TUDO para aprender.

Agora, quando a equipa já apresenta qualidade de jogo, quando os miudos já conseguem cumprir com os principios de jogo definidos ( ou pronto, conseguem mais ou menos ), acho que sim, que se deve investir algum tempo no treino dessas situações.

Ainda mais quando algumas condicionantes estão em jogo como o tamanho do campo, ou qualidades individuais de excepção ( um jogador que tenha uma apetência especial para cruzar, ou um jogador que seja mais alto do que é normal ).

Temos é de ter algum cuidado com o planeamento dessas sessões de treino. Já tive alguns problemas de motivação por todos quererem bater os cantos, por todos quererem entrar ao primeiro poste, ou estar a dar cobertura quando é a cobertura que vai rematar e por ai fora.

Abraço

Ricardo Faria disse...

antes de mais pelo excelete trabalho que tens desenolvidoaté aqui, numa área que gosto muito.

apesar de ainda não ser treinador, gosto bastante de pesquisar e ler sobre o assunto

como tal, vinha aqui deixar o meu msn para dpois poder.mos falar sobre assuntos em que tenho algumas dúvidas

o meu msn e: r_faria9@hotmail.com

fiko a espera que adiciones ou que respondas atraves de e-mails.

fika bem e continua