quinta-feira, 24 de julho de 2008

Das palavras para os actos

Uma das frases que mais tenho ouvido nas reuniões que participo e em algumas conversas informais com dirigentes desportivos é: “ Os melhores treinadores devem estar na formação”

De imediato perguntou as pessoas com quem converso: “ Então porque é que os mais bem pagos são os treinadores de seniores? “

A resposta é sempre a mesma: pois…

A grande maioria das pessoas que andam no futebol já percebeu que o futuro está na formação.

No caso do futebol português, a importância do futebol de formação é ainda maior devido ao fraco poder de compra dos clubes.

A questão financeira não é a única que pesa na decisão de um treinador estar nas camadas jovens ou a treinar seniores, outros factores como o interesse pessoal, qual a perspectiva de carreira que pretende, entre outros.

Existem treinadores competentes que deixam de o ser porque outra actividade em que são “só” razoáveis” paga melhor e não é compatível com o futebol.

Não podemos ter medo de apostar na formação, apostar na formação implica gastos e não ter retorno imediato, mas se queremos os melhores treinadores na formação é preciso melhor as condições de trabalho tanto financeiras como logísticas e esperar pelos resultados.

Outro dos erros existentes na formação é a avaliação dos treinadores. Na grande maioria dos clubes os treinadores de formação são avaliados de igual maneira que os treinadores de seniores, ou seja, através do resultados.

Vamos apostar forte na formação do nosso futebol!

Quando digo formação não me refiro apenas aos jogadores, refiro-me aos treinadores e dirigentes.

Melhores dirigentes escolhem melhores treinadores, melhores treinadores formam melhores jogadores, melhores jogadores dão melhores espectáculos, melhores espectáculos levam mais pessoas aos estádios, etc…

Cabe-nos contribuir para a melhoria deste ciclo.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Balanço da época 2007/2008

Após decidir o meu futuro deixo aqui o balanço da época finda.

Na época 2007/2008, como já tinha dito, treinava uma equipa de infantis de 7.
O plantel é constituído por 17 crianças, 3 das quais nascidas em 95 e 14 em 96.
Das 3 crianças nascidas em 95, 2 delas nunca tinham estado numa equipa de competição.
Na época referida a AFL decidiu efectuar um campeonato único de infantis de 7, não diferenciando as equipas A e B.
O clube que representei inscreveu 2 equipas, sendo que a minha era a equipa B.

Sabendo que cada época no futebol jovem deverá ser encarada como mais uma etapa importante para o futuro das crianças enquanto atletas e seres humanos e conhecendo a grande maioria do plantel o meu principal objectivo para a época era que no final todos fossem melhores jogadores e despertassem interesse de outros clubes.

Como todas as equipas tivemos altos e baixos mas no final sai com o sentimento de dever cumprido.
No momento da saída o mais gratificante foi os elogios dos “meus” meninos.
O principal objectivo da época foi concretizado.
Os meus miúdos evoluíram bastante e esta época são “reforços” de equipas com ambições diferentes.

Obrigado pelo fantástico tempo que passei com vocês e por tudo o que me ensinaram.

Parabéns pela excelente evolução e boa sorte para o vosso risonho futuro!

Balanço positivo porque na formação quem vence mais jogos nem sempre é quem ganha mais!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Manchester United Premier Cup 2008

Entre os dias 3 e 6 de Agosto irá realizar-se a final mundial do Manchester United Premier Cup 2008.

No site abaixo podemos encontrar tudo sobre o evento.

http://www.manchesterunitedpremiercup.com/

segunda-feira, 14 de julho de 2008

O Futuro

Como tinha escrito em posts anteriores, para época 2008/2009 abracei um novo projecto, irei treinar uma equipa de Juniores C.

Apesar do aumento do nível de competição, os princípios que defendo para as equipas de formação continuam.

Nenhum treinador abdica de ganhar, todos pretendemos a vitória no final de cada de jogo e campeonato, mas existem diferentes maneiras de vencer e na formação o mais importante continua, na minha opinião, a ser a evolução dos miúdos para que quando chegarem a seniores tenham o “seu” espaço.

Relativamente a este espaço espero a cada dia torna-lo cada vez mais interessante.

Continuarei a contar experiências por mim vividas/conhecidas, a divulgar eventos e a comentar notícias que considere relevantes.

Espero apresentar um post técnico com alguma regularidade, o meu objectivo é ser no máximo quinzenalmente.

Quando digo um post técnico refiro-me a escrever sobre algum aspecto do treino ou de algum factor interno/externo ao grupo que possa influenciar o rendimento/aprendizagem dos miúdos.

Abraço

domingo, 6 de julho de 2008

Aveiro Cup´08

A 15º edição deste torneio decorreu entre os dias 2 e 6 de Julho.

http://www.academia-de-talentos.com/posts/15-aveiro-cup08

quarta-feira, 2 de julho de 2008

O dedo na ferida

por Elsa Bicho no Jornal "A Bola"
Principais associações de futebol dizem-se descontentes com a actual metodologia Reclamam definições federativas quanto ao modelo de jogo de Portugal Querem travar estagnação e disponibilizam-se a maior interacção
Servir a Selecção principal é o objectivo dos escalões de formação, área que muitos dizem ter estagnado em Portugal. As associações querem ver definidas as necessidades e prioridades das quinas para saberem o que recrutar. Faltam linhas orientadoras para que o futebol jovem deixe de andar à deriva. Há, pois, que investir nos jovens talentos e potenciar as mais-valias dos jogadores em prol do enriquecimento das selecções. Se precisam de extremos há que trabalhá-los, se faltam guarda-redes, há que encontrá-los, se precisam de pontas-de-lança escolham-se os que reúnem características inerentes à posição. Mas para que isto seja realidade, para que a oferta seja potenciada, há que, primeiro, definir o modelo de jogo de Portugal para que as associações regionais saibam como devem trabalhar.
Ouvidos alguns dos agentes da formação, fica a ideia de que é preciso definir estratégias e sentarem-se mais vezes à mesa. Na opinião dos coordenadores das principais associações de futebol (Porto, Braga e Lisboa, de acordo com o ranking nacional, e Madeira, única com centro de formação próprio), fica a ideia de que é preciso maior sintonia.
Sérgio Ribeiro, coordenador da AF Porto há apenas um ano, esteve, recentemente, no seu primeiro torneio Lopes da Silva, em sub-14, prova promovida pela FPF, onde muitos são os olhos atentos aos jovens que sonham chegar ao topo.
«Não sei como tem sido nos anos anteriores mas, pelo que tenho ouvido, o nível de jogo não tem correspondido. Há pouca evolução. O que estou a tentar fazer na AF Porto é uma reaproximação aos clubes. Tentar junto dos seus coordenadores transmitir o modelo de jogo por nós escolhido, debater as minhas ideias de modo a que a formação seja uniforme,quer a nível técnico, quer a nível social», explica, defensor de que este deveria ser também o método de trabalho da FPF em relação às associações.
Definam-se políticasMais articulação com a FPF, maior reconhecimento do trabalho desenvolvido localmente. O desejo é de Fernando Louro, coordenador da AF Braga há quatro anos.
Apesar da excelente ligação entre os vários organismos, a verdade é que, diz, não existe o fio condutor que una a prospecção em nome de um futebol uniforme.
Já Rui Mâncio, coordenador das selecções da Madeira, é, nesta matéria, voz muito crítica.
«Primeiro: a FPF nunca encarou como factor de desenvolvimento a formação de treinadores. Não há manuais, cursos ou corpo de prelectores. Esta questão sempre foi o parente pobre. Segundo: não transmite às associações a concepção de jogo, um sistema definido. O professor Carlos Queirós, no seu tempo, foi a todas as associações pregar a sua filosofia de enquadramento de treino desportivo. Sabia-se o que era pretendido», elogia o madeirense.
«Veja-se o Lopes da Silva. Passados três anos ainda não se sabe o perfil morfológico e antropométrico dos jogadores passíveis de chegarem à alta competição. Há que definir o perfil e o sistema de jogo. Mas, se não houver doutrinação e debate, não será possível nova filosofia de trabalho», adverte.
Lisboa desalinha Ricardo Carmesim, coordenador técnico da AF Lisboa, considera-se um privilegiado. Benfica e Sporting fornecem jogadores de qualidade e o seu investimento na formação é inequívoco.
A oferta de jogadores, em todas as posições, é mais que muita e os clubes são habituais parceiros de todos os escalões.
«Os dois principais clubes continuam a desempenhar bem as funções de prospecção a nível nacional. Em Lisboa, temos a sorte de trabalhar com os melhores de cá e com os demais atletas do resto do País que ingressam nos grandes clubes. Somos privilegiados. A comunicação com a FPF acontece e temos liberdade de escolher o sistema em que queremos jogar», afirma Ricardo Carmesim.
In Sintrasport

As conclusões que retiro desta notícia são que precisamos de referências para mudar e que não podemos cair no erro de cruzar os braços só porque alguém faz o trabalho por nós.

Precisamos de uma lufada de ar fresco e de ideias novas, a maioria é unânime, é necessário o regresso de Queiroz para um projecto inacabado e estruturante.

Taça Primavera

por Paulo Veríssimo no Jornal "A Bola"
Sporting, Belenenses e E. Amadora estão confirmados Benfica responde em breve Modelo é idêntico ao da Liga Intercalar.
A Taça Primavera deve arrancar em Novembro, segundo o presidente da AF Lisboa, Carlos Ribeiro. Sporting, Belenenses e E. Amadora (todos da Liga) já confirmaram a presença, faltando apenas uma resposta afirmativa do Benfica. Serão dez os clubes participantes: cinco da Liga — V. Setúbal vai ser convidado —, um da Honra (Estoril) e quatro da II Divisão (os melhores classificados em 2007/08) — provavelmente O. Moscavide, Atlético, Mafra e Carregado, estando também na lista Real, Torreense, Odivelas e Oriental, no caso de sadinos e estorilistas rejeitarem o convite.
O modelo competitivo é, em quase tudo, idêntico ao da Liga Intercalar, organizada pela AF Porto em 2007/08, que teve como vencedor o Varzim. Serão realizados dois campeonatos — a uma volta, com nove jornadas cada —, dos quais os dois primeiros classificados serão apurados para as meias-finais da prova. Todos os jogos serão realizados à quarta-feira. O que distingue a competição de Lisboa da do Porto é a utilização de apenas cinco jogadores com idade superior a 23 anos.
A AF Lisboa está em negociações com estações televisivas para garantir a transmissão de um jogo por semana.
In Sintrasport

O mais importante, na minha opinião, da notícia acima mencionada é a limitação de apenas poderem ser utilizados cinco jogadores com idade superior a 23 anos.
Este poderá ser o primeiro passo para que os jovens oriundos da formação possam adaptar-se melhor ao futebol sénior.
Oxalá os responsáveis de todos os clubes compreendam os objectivos desta taça e colaborem para tornar mais forte o nosso futebol.