segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Balanço Olímpico na altura certa

Muitas linhas já se escreveram sobre os Jogos Olímpicos (JO) de Pequim, declarações de atletas e dirigentes, opiniões dos portugueses e várias opiniões de comentadores desportivos.

Foram feitos balanços antecipados, declarações infelizes e julgamentos de valor duvidosos.

Chegados ao fim dos JO devemos fazer um balanço da participação portuguesa.

Balanço positivo! Porque:

- Foi a melhor participação de sempre em termos pontuais, 28pts, conseguidos através de 1 medalha de ouro, 1 medalha de prata e 7 diplomas.

- Passados 12 anos o nosso país voltou a subir ao lugar mais alto do pódio.

- Foram batidos inúmeros records nacionais

Não obstante de termos alcançado a melhor participação portuguesa de sempre ficamos com a sensação que poderíamos ter feito melhor, até porque o COP (Comité Olímpico de Portugal) prometeu 4 a 5 medalhas e uma pontuação de 60pts ao governo.

Custou a todos ver Naide Gomes ser eliminada com 2 saltos nulos e um salto a medo, Gustavo Lima perder o Bronze na vela por um ponto, não ver Obikwelu em nenhuma final da velocidade e não vermos concretizadas as nossas esperanças no judo (Telma Monteiro e João Neto).

Contudo a participação portuguesa teve 78 participantes sendo que a grande maioria é desconhecida para a generalidade do público, ou seja, só sabemos que estes atletas existem de 4 em 4 anos na melhor das hipóteses porque se não se apurarem para os JO nunca iremos ouvir falar neles.

Será justo exigir de atletas que “desconhecemos” boas classificações? O que é que o país fez por estes atletas para eles terem bons resultados? Oferecer uma bolsa olímpica de 500€ mensais é suficiente? Será que os atletas se sentem devidamente apoiados com a bolsa? Quais são as condições de treino que os atletas têm para preparar os JO? São atletas profissionais? Será preferível só participar com os atletas profissionais?

Curiosamente o desporto com mais visibilidade no nosso país, o futebol, e que talvez (não tenho dados concretos) o desporto com mais praticantes e profissionais não conseguiu a qualificação para os JO.

Contra mim falo, mas não será necessário exigir mais do futebol que todos os dias é falado do que dos atletas que nos lembramos de 4 em 4 anos?

Existe um problema de fundo no desporto português!

Não temos estrutura para regularmente sermos campeões olímpicos em diferentes modalidades, a prática desportiva em Portugal comparada com outros países é reduzida, o desporto ainda é visto como lazer não como uma profissão.

Para ganhar medalhas não basta ser bom é necessário ser melhor que os outros!

Conhecendo as nossas limitações e assumindo-as é o primeiro passo para sermos um país melhor.

Parabéns à comitiva!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Acção de actualização para treinadores de futebol de jovens

Ultrapassadas umas curtas mas revigorantes férias, confesso que já tenho fome de bola.
Para quem como eu gosta de estar no campo a treinar, a ensinar e a aprender estar cerca de 2 meses sem o “cheiro da relva” é um crime.

O trabalho no campo regressa a 2 de Setembro.
Entretanto a próxima semana servirá de adaptação aos novos horários e as novas rotinas que a época que entra “obriga”.

Para já confirmo a minha presença na acção de actualização para treinadores de futebol de jovens, no dia 6 de Setembro em Oliveira de Azemeis.

Entrando no site http://www.antf.pt/html/ podem obter mais informações.

A formação dos treinadores é fundamental e nunca deve ser esquecida!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Férias

As merecidas férias chegaram…

Chegou o momento para recarregar baterias.

Os treinos só recomeçam em Setembro, reuniões preparatórias para o regresso provavelmente apenas na última semana de Agosto e a cabeça já pede são estes os motivos que me levam a desligar do futebol.

Duas a três semanas sem pensar em futebol. Como agente do mesmo, com a responsabilidade de todos os dias promover a evolução do jogo e a protecção dos seus intervenientes.

Aproveitando para dar toda atenção a quem não consigo dar a suficiente ao longo do período competitivo e tanto merece.


Boas férias!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

VI Jogos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa

A Selecção Nacional Sub-17 venceu, este sábado, os VI Jogos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, que decorreram no Brasil. O feito inédito foi alcançado depois de terem derrotado a formação de Guiné-Bissau por 1-0.

Pela primeira vez a pisar o relvado do Estádio do Maracanã, os Sub-17 lusos entraram na partida com um certo nervosismo e ansiedade. A equipa de Guiné-Bissau, mais habituada à temperatura elevada que se fez sentir durante a partida, criou diversas oportunidades de golo e dificultou a acção ofensiva lusa. Porém, a Equipa das Quinas soube responder da melhor forma à superioridade técnica e táctica imposta pela formação guineense durante todo o primeiro período de jogo.

A Selecção Nacional voltou do intervalo com uma atitude mais atacante e com vontade de acabar com o impasse que o marcador registava desde o início da partida. Através de lances colectivos e individuais, os Sub-17 lusos foram ameaçando cada vez mais a baliza adversária, alcançando o primeiro golo aos 57 minutos, por Filipe Barros.

Entusiasmados com a reviravolta do sentido de jogo, os jogadores lusos partiram para o ataque, ao mesmo tempo que anulavam as investidas guineneses. No entanto, e apesar de todas as oportunidades criadas, o resultado manter-se-ía até ao final da partida.

"Os atletas terminam esta participação com o sentido de dever cumprido, com um enorme orgulho por levarem este título pela primeira vez para Portugal, ainda para mais conquistado num estádio com a importância e magnitude como as do Estádio do Maracanã", explica Edgar Borges.

No que toca à atitude evidenciada pelos atletas durante a partida, o Treinador Nacional, que desde o início, elogiou "a forma digna como encaram cada partida", admite que "o que mais impressionou foi a inteligência dos jogadores, a forma como tentaram dar a volta à corrente do jogo. Eles evidenciaram uma nova atitude, mostraram que começam a saber gerir os maus momentos, o que era impensável há uns tempos atrás".

Tendo como objectivo principal preparar a equipa para o Campeonato da Europa, "esta competição permitiu dar mais um passo no sentido da auto-estima e confiança colectiva. No domínio da entrega e da vontade de vencer, estes jovens progrediram muito, foram incansáveis e isso só nos pode motivar", concluiu.

Ficha de Jogo
Final dos VI Jogos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa
Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro (Brasil)
Árbitro: Leopoldo Manunza
Árbitros assistentes: Ricardo Almeida e Marcelo Fonseca

PORTUGAL 1 – 0 GUINÉ-BISSAU (0-0, ao intervalo)

Portugal: João Amorim, Tiago Ribeiro, Miguel Serôdio, Rui Coentrão, Sérgio Oliveira, Aliu Djaló (Telmo Castanheira, 79'), Filipe Barros (Roberto, 80'), Amorim (Sérgio Marques, 80'), João Figueiredo, William Carvalho e João Beirão (Rúben Pinto, 54').

Treinador Nacional: Edgar Borges
Golos: Filipe Barros (57')
Disciplina: Sérgio Oliveira (amarelo, 31')

Guiné-Bissau: Idrissa Júnior, Tomas Dabó, Braima Sambú, Mama Baldé (José Cá, 65'), Idrissa Mané, Sene Turé, Francisco Júnior, André Gomes, Piquete Sá, Amado Seide (Moacir Fernandes, 54') e Euclides Bissoma

Golos: nada a assinalar
Disciplina: Mama Baldé (amarelo, 16'), André Gomes (26') e Amado Seide (amarelo, 30')

Com um troféu inédito e com o título de melhor jogador atribuído a Sérgio Oliveira na bagagem, a comitiva lusa regressa do Rio de Janeiro no próximo domingo, dia 3 de Agosto.

Fonte: www.fpf.pt