domingo, 31 de janeiro de 2010

Um acto de gestão desportiva

O SL Benfica pediu o adiantamento do jogo com a União de Leiria e estes acederam ao pedido dos homens da Luz.

Data do jogo alterada de 21-02-2010 para 03-02-2010.
O SL Benfica em virtude da eliminatória da Liga Europa com o Hertha de Berlin a contar para os dezasseis-avos-de-final da prova seria obrigado a efectuar três jogos em cinco dias visto os jogos referentes a esta eliminatória estarem marcados para 18-02-2010, 1ºmão, e 23-02-2010, 2ºmão.

Esta alteração não só permitirá ao SL Benfica focalizar-se durante uma semana no objectivo europeu como também fará com quem os jogadores possam ter uma recuperação total entre os jogos que seria impossível com o calendário inicialmente previsto.
Contudo a maior vantagem, quanto a mim, é o facto de o SL Benfica ter a oportunidade de se isolar na frente do campeonato. Apesar de ter mais um jogo, a pressão passará para o SC Braga que correrá atrás do prejuízo e só acertará calendário com a deslocação ao Dragão.

A solicitação de alteração também teve este factor em conta?
Presumo que numa equipa profissional todos os factores sejam equacionados e se assim foi o SL Benfica junta o útil ao agradável.

Claro que esta pressão só se sentirá se a equipa corresponder dentro de campo conquistando os três pontos frente à União de Leiria.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Estamos na luta...

Terminou a 1ºfase do campeonato e conseguimos concretizar o nosso objectivo: garantimos a qualificação para a 2ºfase.

Em 79 equipas estamos no grupo das 12 que podem aspirar a ganhar o campeonato e das 10 que podem subir de divisão.

Esta diferença deve-se ao facto das equipas D´s dos clubes grandes, que tem equipas no campeonato nacional e em todas as divisões da AFL, terem também conseguido o apuramento para esta fase.

Curiosamente ambas as equipas pertencem à mesma série na 2ºfase o que significa que a luta pela subida de divisão fica facilitada para as equipas que completam o grupo visto dos restantes quatro participantes, dois subirem directamente e o 3ºclassificado no campeonato entre os quatro ir disputar o jogo de apuramento de subida com o 3ºclassificado da outra série.

Esta situação é regulamentar, ao que parece, porque a distribuição das equipas é efectuada geograficamente.

Nós fazemos parte da série onde todos podem subir de divisão pelo que nos espera uma 2ºfase exigente, complicada e equilibrada.

“Aquilo que não me destrói fortalece-me.” Friedrich Nietzsche (1844-1900)

Acredito no nosso trabalho, na evolução dos nossos atletas e principalmente no grupo unido e forte que somos.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O regresso de Manuel Machado

http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=191216

O regresso de Manuel Machado é marco importante na época do Nacional da Madeira.

Não se podendo dissociar o ser humano do treinador, a direcção do clube madeirense, após as complicações da cirurgia que Manuel Machado foi sujeito, assumiu que apesar da ausência prolongada deste não haveria lugar à contratação de novo treinador.

Resolveu a questão com uma solução interna.

Esta decisão prova que a gestão desportiva quando bem efectuada é direccionada para as pessoas e em função delas.

Passados dois meses o líder regressou e o clube mantém intactas as possibilidades de concretização dos objectivos definidos no começo da época.

O presidente Rui Alves prova a sua competência e que o sucesso da gestão do Nacional da Madeira não é obra do acaso.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Pensamento da semana...

"Um projecto é um rascunho do futuro." Jules Renard (1864-1910)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Gestão Desportiva - FC Porto

“Blackout traduz-se na recusa por parte de uma organização em deixar passar a informação para o exterior. No mundo do desporto, joga-se entre três protagonistas fundamentais. Os promotores do espectáculo desportivo, quer dizer, os clubes ou seus representantes, os media que divulgam o espectáculo e os patrocinadores que o financiam. Se esta relação tivesse só a ver com a racionalidade económica, não haveria grandes problemas na medida em que o jogo das partes seria de soma positiva. O problema é que o blackout tem, também, a ver com lógica do desporto que é caracterizada por ser uma situação de confronto de soma nula.” Página 94 in Agôn – Gestão do desporto – o jogo de Zeus, Gustavo Pires.

Este foi um instrumento utilizado pelo FC Porto, oficialmente pelo plantel, evidentemente com, pelo menos, a concordância da direcção da SAD.

Comunicado do plantel do FC Porto – 04-01-2010
No seguimento do tratamento jornalístico que normalmente lhe é dispensado pelo jornal A Bola e após cúmulo da falta de rigor e isenção que marcou a edição de 3 de Janeiro, no que concerne a ocorrências após o jogo no Estádio da Luz, o plantel do FC Porto decidiu não voltar a prestar declarações a este diário desportivo ou em eventos nos quais jornalistas da publicação em causa se encontrem presentes. Esta medida tem efeitos imediatos.”
Fonte: www.fcporto.pt

O uso do blackout significa duas coisas: a necessidade de união interna e a identificação de um adversário externo.

A época 2009/2010 ganhou em competitividade desportiva pelas prestações de Sp. Braga e SL Benfica fazendo com que o FC Porto se esteja a deparar com maiores dificuldades para garantir o tão ambicionado penta.

Admitindo que o plantel desta época chega a Janeiro com maiores deficiências que em épocas transactas, não só pela qualidade dos membros do mesmo como também pela ainda não conseguida adaptação do modelo de jogo a estes, como diria L. Freitas Lobo “No final de 90 minutos no Dragão, o jogador mais falado já não joga no FC Porto, Lucho Gonzalez”, os órgãos de gestão do clube e da SAD têm um trabalho mais exigente pela frente.

A questão é, até que ponto está identificado o adversário externo, ou a estratégia será combater em várias frentes?

Inicialmente, o blackout aos jornalistas do jornal A Bola pelo que escreveram sobre o túnel da Luz, posteriormente ataque às arbitragens dos últimos encontros onde existiram erros dos árbitros para os dois lados não sendo evidente que o FC Porto não conquistou os pontos pretendidos por esse motivo, ultimamente o líder, um dos maiores gestores desportivos do país, Pinto da Costa ataca através de insinuações de corrupção desportiva que será efectuada pelos encarnados.
Não esclarece se Sp. Braga ou SL Benfica, presumindo porém que o eterno rival será o alvo até porque utilizando os 25 anos da morte de Pedroto o mesmo Pinto da Costa ressuscitou a famosa expressão utilizada por Pedroto: “Os roubos de igreja” acrescentou Pinto da Costa “…quando íamos a Luz. Infelizmente, hoje ainda são actuais.”

Parecem identificadas pelos próprios as dificuldades e carências do plantel contudo admiti-lo publicamente seria fragilizar a estrutura, externamente o alvo parece ser o SL Benfica.

Em Maio terminaram as competições de clubes e teremos o epílogo desta época até lá muito se escreverá sobre gestão desportiva e muitos serão os instrumentos que todos os intervenientes nas competições nacionais e europeias utilizaram para obter sucesso.

O blackout parcial, apenas aos jornalistas do jornal A Bola, dura a 15 dias contudo através de outros órgãos de comunicação social o mesmo clube lança ataques ao exterior através dos seus responsáveis.
Comportamento contraditório ou o libertar os jogadores de pressão externa ou na realidade existem diferentes alvos para abater?

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A nobreza agonística...

Este fim-de-semana desportivo ficou marcado pela magnífica atitude agonística que o nosso adversário teve.

O adversário deste fim-de-semana tinha apenas disponíveis 7 jogadores, por diferentes motivos, para o encontro do campeonato.
Os seus responsáveis optaram por entrar em campo e honrar a competição.
Quando o mais fácil seria não entrar em campo ou após a entrada simular uma lesão obrigando a equipa de arbitragem a terminar o encontro por falta de jogadores, a decisão foi jogar, dar o máximo e terminar o jogo evitando processos burocráticos na resolução de um jogo que tinha o destino traçado e acima de tudo honrando os miúdos que acordaram cedo para fazer o que mais gostam, os clubes que estão representados e a competição.

Agôn, como diriam os gregos, significa luta/competição foi algo que o clube que defrontei soube valorizar e acreditar até ao fim.
A atitude revela carácter, personalidade, honestidade e princípios competitivos apreciáveis que devem ser seguidos por todos.

Na competição encontramos oponentes mais fortes, outros menos fortes contudo todos devem ser respeitados e valorizados.
Não se encontrarão os mais fortes senão existirem os menos fortes, assim é a competição que só é possível com todos e deve ser dirigida para todos.

Parabéns aos meus que souberam respeitar o adversário, jogando sempre de forma séria e competitiva durante todo o encontro.

Aos responsáveis e atletas do clube que defrontei a minha vénia à forma como lidaram com a situação e deram uma lição a todos do espírito agonístico que deve presidir à participação de qualquer equipa numa competição.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Alongar antes ou depois?

Hoje recebi um mail com o artigo abaixo indicado:

http://universidadedofutebol.com.br/2009/12/1,4425,VOCE+DEVERIA+ALONGAR+ANTES+DO+EXERCICIO.aspx?p=3&utm_source=EasyMailing&utm_medium=e-mail&utm_term=Nutricaonapre-temporada&utm_content=Nutricaonapre-temporada&utm_campaign=Padr%E3o

A medida que lia o artigo a minha mente confrontava a informação recebida com as experiências passadas...

Um debate interno que aqui reproduzo.

Já tinha ouvido falar das duas teorias apresentadas no artigo, aliás, já utilizei as duas e não identifiquei grande diferença aos níveis do rendimento em treino ou jogo, ao nível da prevenção de lesões apenas ao nível da aceitação dos atletas.

A mais utilizada, acredito, é o alongar após o aquecimento até aqui presumi ser esse o motivo que levava os atletas a ter uma aceitação imediata, ou seja, a solicitação não rompe com as “crenças” em vigor.

A utilização do alongamento “pré” exercício físico, como qualquer mudança, levou o seu tempo a ser aceite e entendido por todos, algo que considerei normal...

Este artigo faz questionar-me, se não existindo, como o mesmo refere, um dado cientifico concreto para a utilização de um e de outro método o que levará o treinador a decidir pela sua utilização?

No inicio desta época, foi um debate que quis ter com o departamento médico do clube onde trabalho e no qual chegamos a conclusão que deveríamos optar por alongar após o aquecimento.
A principal razão da escolha foi considerarmos que alongar os músculos quando os mesmos ainda estão frios aumenta a probabilidade de lesão, opção que pode estar correcta ou não devido à ausência de dados cientificos fazendo a decisão depender das crenças de cada um...

A importância dos alongamentos no treino tem vindo a aumentar, não só pelo trabalho de flexibilidade que os mesmos permitem mas essencialmente pela importância na prevenção de lesões dos atletas que a cada época que passa realizam maior número de jogos e com maior intensidade.

Na opinião do leitor, qual será a melhor opção? E será essa, baseada em que pressupostos?